As tecnologias de informação e comunicação
marcam a cada dia uma maior presença no mundo. Por isso, estamos tão
dependentes delas, tanto a nível privado como laboral, de tal modo que é
impensável sair de casa sem o telemóvel, por exemplo. Hoje em dia o
telemóvel é visto não só como um objecto de comunicação, mas também como um
objecto de imagem ou de representação de pertença a um determinado status
social.
As marcas mais sofisticadas e modelos mais
avançados ou modelos topo da gama estão na posse dos grupos sociais de maiores
posses económicas, porque esses telemóveis são os mais caros. É necessário
referir também que essas mesmas classes sociais mais elevadas fazem questão de
possuir esses modelos mais caros para mostrar perante a sociedade o seu poder
económico e grupo social a que pertencem.
A maior vantagem do telemóvel, quer a nível
pessoal quer a nível profissional, é a de tornar as pessoas sempre
contactáveis. Quanto às desvantagens deste aparelho, a maior é, sem sombra
de dúvidas, o afastamento do contacto físico entre o ser humano, destruindo
relações interpessoais e o diálogo entre as famílias. Cada vez se conversa
menos “olhos nos olhos”, se brinca menos ao ar livre e em família. O homem,
dependente deste objecto entra num estado de alienação. Todo o tempo que antes
de passava com os amigos/família, foi substituído por uma cadeia de
mensagens de texto que rondam assuntos superficiais. As pessoas já nem sentem a
necessidade de sair à rua, porque para pôr a conversa em dia bastam alguns
"cliques" no teclado para o diálogo se iniciar.
Considero que esta realidade, preocupante,
que define a sociedade em que vivemos, poderá descarrilar se não for
nossa intenção o contrário. O homem deveria tomar consciência desta
situação, e se o é, seria sábio da sua parte desprender-se deste vício
telefónico que o infecta.
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