Comunista até enriqueceres. Feminista até te casares. Ateísta até o teu avião começar a cair.
Na cultura, quem dita o
que é bom ou o que é mau são, desde algum tempo, as massas. O
que agrada à maioria, o dito comercial, é aquilo que é considerado bom e se
projeta melhor no mercado, seja no cinema, na música, na literatura ou na arte.
Neste caso, não quero dizer necessariamente, que o facto de
uma pessoa se considerar comunista, feminista ou ateísta dependa de modas. Não
pretendo fazer generalizações, mas assim que me cruzei com esta imagem na
internet, surgiram em mim vários pensamentos e, comecei a me aperceber que hoje
em dia, a maior parte das pessoas da minha idade (ou não) parece ser muito inclinada
para a defesa destas três posições.
Dá-me a sensação que, na sociedade actual, para além de
modas de vestuário, gosto musical e afins, existe modas no que toca a formas de
pensar. Um fenómeno que se vai observando cada vez mais; defender algo porque
alguém que nos é próximo ou alguém que admiramos também defende e, a maior
parte das vezes, sem ter a mínima noção do que é que implica defender essa
ideia, quais são os seus princípios.
Esta frase, repleta de ironia, também me leva a concluir que
as pessoas não se informam o suficiente sobre os assuntos. Ou seja, como já
referi, escolhem seguir determinados caminhos e defender determinadas ideias
por causa de modas e, como é de esperar, não tomam o papel que é esperado de
alguém que decide fazer parte de um grupo que sustenta uma ideologia. Assim,
logo que se virem forçados a acreditar noutra coisa contrária ao que
inicialmente diziam defender, negarão com facilidade, e hipocrisia, o facto de
já terem sido comunistas, ateístas, feministas ou outra coisa qualquer.
Enfim, as modas atingem todos os campos, até o do pensamento
e, por muito que uma pessoa acredite em algo e participe das suas causas,
restará sempre a dúvida se é realmente verdadeiro.
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