Meditação sobre uma laranja.
Quem poderia imaginar uma, sem a ter visto primeiro? Doce por dentro, amarga por fora, antecipo e não me engano.
Pois relacionamos os fenómenos (semiótica) às coisas. Mas na verdade tudo o que vemos são aparências das mesmas, e tudo pode ser relacionado com tudo, apenas depende da nossa capacidade.
É curiosa a época em que vivemos, onde tudo mais cedo ou mais tarde, tem de revelar o seu segredo através de conceitos.
Arranco uma laranja da árvore, agarro-a com os dedos, descasco-a com todo o cuidado e mordo um gomo, que me sabe a laranja.
E desta forma a laranja depois de ser alvo de investimento de trabalho sai do mundo natural para passar a pertencer ao mundo cultural, do qual a partir do momento em que entramos não podemos sair, pois a laranja depois de colhida não volta a laranjeira.
As clementinas e as tangerinas são claramente da mesma família, e os limões primos afastados.
Sendo estas relações designadas por paradigmas, ou seja, varias possibilidades e características de escolha.
Contudo tenho pena de não poder provar o fruto da árvore original.
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