terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sociedade insustentável



       Hoje mais do que nunca, todos estamos cientes da altura em que vivemos, uma altura de crise, de aperto, uma altura em que mesmo não podendo, toda a gente quer ter tudo. As pessoas têm de se habituar à ideia de que este estilo de vida tem que acabar, que se continuarem assim vão se afundar. Vão ter de abrir a mão a certas coisas que consideravam garantidas, que consideram um bem que toda a gente merece. As pessoas vão ter de deixar de gastar no que é desnecessário, gastar só o essencial. Embora isso possa vir a criar mais problemas, este é o resultado do estilo de vida que se tem vindo a criar, o resultado de uma sociedade de consumo. Se as pessoas deixarem de almoçar no restaurante do costume, este vai acabar por fechar, criando mais desemprego e mais crise. Este é o futuro (ou presente) para onde nos estamos a dirigir.
        Como resposta a esta crescente quebra nos gastos, a sociedade tem de arranjar dinheiro em algum sítio. Para isso, recorrem à publicidade. Esta com um factor visual, que vai ser cada vez mais desenvolvido, as campanhas vão ser cada vez mais chamativas, cada vez melhores, cada vez mais fortes e principalmente cada vez mais presentes. Os espaços vazios vão ser substituídos por publicidade. Sendo esta uma maneira de tentar fugir de quem expõe campanhas (na medida em que, com este investimento pretendem que existam clientes no seu negócio). Esta publicidade, pretende manipular as pessoas e leva-las a comprar.
        Assim, percebemos que a nova publicidade, veio para ficar, veio como consequência de uma sociedade de consumo, em que tudo é feito para ser usado e nada para ser poupado. A publicidade é a imagem disso mesmo, uma janela clara para aquilo que é desnecessário, para aquilo que é feito para ser usado e deitado fora. A publicidade mostra o novo, o melhor, o moderno, o exactamente igual por dentro mas com uma imagem nova por fora. A publicidade é feita para manipular a mente e levar a comprar, levar a substituir aquilo que se tem, por outra coisa exactamente igual. Esta vai ser cada vez mais forte, mais chamativa com o intuito de levar as pessoas a gastar. Mas tem que se resistir estes chamamentos de sereia que são o novo, temos de usar o que já temos, usar o essencial, e largar o desnecessário e o excessivo. Os materiais usados são feitos para durar cada vez menos tempo, por isso temos de ter mais cuidado. A forma de vida que mantemos neste momento não é sustentável, não só no que diz respeito aos nossos orçamentos, mas também no que diz respeitos aos recursos que o nosso planeta nos fornece. Este modo de vida é insustentável.

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