Cultura: Individualização e globalização
Hoje em dia devemos designar tudo o que nos rodeia de Cultura global ou globalização das culturas?
É de facto uma boa questão.
Caminhamos para uma cultura global a passos largos, cada vez mais rápidos, olhamos para cada povo e identificamo-lo através da sua cultura (pelo menos seria de esperar que assim o fosse).
A cultura é de facto a raiz de cada um de nós, é o aspecto cultural que nos constrói e desencadeia tudo o que uma sociedade necessita para se formar, desde a língua aos alimentos, passando pela música, roupa, tradições, cores predominantes e ideias pré concebidas que regem parte da população que a integra.
A língua é de facto o ex-libris de cada cultura, a marca mais constante e intemporal - sistema de diferenças- ou seja, é o factor mais marcante da cultura em cada um de nós
Todas as culturas assumem a sua posição, posição esta bem vincada e de fácil identificação aos olhares mais distantes, até que a globalização surge como um paralelo que visa não destruir a cultura de cada país mas sim realizar uma "Romanização à século XXI"
"Romanização à século XXI" vinda da América do Norte que se espalha como um "vírus" pela Europa e que se "impõe sem uso de força".
Americanizados, o povo Europeu está de dia para dia cada vez similar, em costumes, roupas, dias especiais, em tudo!
Começou por uma necessidade de ligação, principalmente económica. Uma estabilidade mundial, uma entreajuda, blá blá blá. No fundo, tudo não passa de um jogo de interesses, um jogo que tem o comando em Washington DC.
O mundo funciona como um jogo, o país dominante joga com os restantes, enfraquecendo-os e depois coo ligando-se para estruturar uma dependência e estender assim uma teia cada vez maior.
E somos todos "iguais", "bebemos" todos a mesma moda, falamos todos a mesma língua, ouvimos todos a mesma música, comemos todos a mesma coisa, glorificamos todos as mesmas pessoas, vemos filmes produzidos todos pelo mesmo país, lemos revistas e jornais norte americanos, navegamos na internet 90% do tempo em sites norte americanos, todos nós conhecemos Nova Iorque, mesmo sem nunca ter lá estado, choramos todos e estremecemos cada vez que nos lembramos da queda das torres gémeas a 11 de Setembro de 2001 (mas por incrível que pareça tsunamis como na Tailândia em 2004, Indonesia 2006, Haiti 2010 e Japão em 2011 são todos, de facto, águas passadas, já lá foi, ninguém recorda). Muitos de nós vivem mais as eleições Norte Americanas que as do próprio país, que nem votam, mas estão sempre prontos a apontar o dedo ao governo!
Será isto uma suave indicação que daqui a algum tempo seremos todos uma única cultura?
E se cada um de nós glorificasse o próprio país, valoriza-se a comida de forma especial, se orgulhasse com a identidade, comprasse música e revistas nacionais, marcas nacionais, não estaríamos assim a desenvolver o próprio país? Dar razões para a afirmação da nossa cultura? (atenção que quando me refiro a "nossa" é num aspecto individual de cada, no seu país).
A longo prazo, muitas culturas não vão resistir a esta globalização, vão sendo "Romanizadas" e os grupos humanos vão ser cada vez menos e mais singulares.
Em suma, se todos gostasse-mos de vermelho o que aconteceria ao resto das cores?
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