terça-feira, 27 de novembro de 2012

Bipartição do ser

   O passado é carregado de vivências que se transformam em memórias, juntamente com a educação contribuem para a formação do sujeito. Assume-se assim um carácter de universalidade. Tzvetan Todorov (filosofo e linguista búlgaro) considera que existe um grande risco de se cair no exagero ao identificarmos características universalistas de uma cultura em outra.


Todos os processos de assimilação da cultura e situações diárias levam a questionar-nos “ quem realmente somos? ”. Qualquer pessoas que se desenvolveu na sociedade actual deve sempre tentar passar as margem do comum e do normal pois tudo que é dentro desses dois conceitos não leva a expansão nem ao desenvolvimento. 

   Consciente ou inconscientemente qualquer ser humano apresenta características ou gostos que possibilitam a existência de um grupo ou uma classe. Mesmo tendo conhecimento disso cada pessoa acha que é única e tem características exclusivas. Vivendo nessa ilusão, sem se dar por isso, a única verdade que pode-se extrair é que construiu-se o sujeito que não é aquilo que é, mas sim um sujeito que é aquilo que apresenta. Jaques Lacan afirma “ o ser fractura-se, de uma modo extraordinário, entre o seu ser e a sua parecença…”

 Essa bipartição do ser leva ao ridículo a questão colocada anteriormente. Surge uma outra questão na mente será que somos ou representamos?


    No dia-a-dia o ser humano demonstra aquilo que acha que deve ser. Essa projecção é formada pelo gosto da sociedade, cultura e educação. Somos aquilo que de certa forma “está na moda” de sermos, perdendo a nossa própria essência. Assim somos todos sujeitos portadores de uma mascara, poucos coceguem conhecer verdadeiramente o seu próprio ser. 

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