terça-feira, 27 de novembro de 2012

Real Beauty



Nos últimos anos, a sofisticação do processo de manipulação de imagens resultou numa explosão de conteúdos cada vez mais ousados. Quase todas as imagens que nos chegam às mãos (se não mesmo todas) foram alvo de retoques digitais ou, até, totais reconstruções do objecto retratado, levando a manipulação a um nível de integridade duvidosa. 
Na minha opinião, é totalmente legítima a utilização dos recursos disponíveis para atrair os consumidores, mas, quando a dita “beleza” não é verdadeira mas sim fruto da edição de imagem, existe uma clara falta de bom senso. Isto deu origem à febre da perfeição física, sendo esta uma perspectiva distorcida da realidade que contamina homens e mulheres, crianças e adultos, envenenando auto estimas.


Este tipo de publicidade despertou um sentimento de auto repulsa na população, especialmente nas mulheres e adolescentes que procuram a magreza e a beleza inatingíveis. Campanhas como a da Dove que aqui partilho são de extrema importância para alterar o rumo que a publicidade tomou, eliminando a padronização do sujeito, homem o mulher, transformado em objecto. Já se vêm evoluções neste sentido, a definição de “beleza” tem-se vindo a afastar do plástico com que a publicidade nos alimenta, baseando-se numa imagem de felicidade e saúde. É aí que reside a melhor das belezas.

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