terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Natureza da Realidade e Consciência

Como medir afinal a realidade? Aprendemos a vê-la como um plano sólido, objectivo, de percursos e opções; como tudo ocorrido perante nós - esquecendo-nos no entanto de a ver em nós. É na verdade algo criado pela nossa experiência pessoal (as nossas relações, acontecimentos,,...), inerente à nossa mente. 
Esta objectividade que atribuimos ao Real está directamente relacionada com a cultura e sociedade: somos ditos - quase dirigidos - como as coisas devem acontecer, como devemos reagir, como funciona o mundo,...Como poderia o Homem não se alienar da sua própria consciência, se não age segundo ele próprio?
O Homem vai à escola.
O Homem segue um percurso académico.
O Homem trabalha.
O Homem compra.
O Homem trabalha.
O Homem compra.
O Homem trabalha para comprar.
O Homem morre.
Apenas ao admitir a sua emocionalidade, a sua individualidade, pode ser livre, pode criar, pode evoluir. Nunca poderá evoluir partindo das restrições e receios envolvidos com o seu valor.
A sociedade instala as noções de "bem" e de "mal", do que tem "valor", e do que é "inútil" - e no entanto o que é bom para uns poderá não ser para outros.
Se lhe é dito que o seu valor reside no sucesso de uma carreira financeira, quando o seu potencial é a expressão artística, como pode entrar em contacto consigo?
O viver está na escolha.

Estas afirmações são lugar-comum; raciocínios dados como adquiridos, como simples "personalidade" da sociedade.
A credibilização estará na apresentação de exemplos, provas;
Nesse âmbito, ponha-se a questão: por que será que a actualidade em que vivemos é a época que mais registou distúrbios psicológicos de natureza depressiva/perturbações da personalidade? Porque terá o Homem mais recursos que nunca e no entanto mais distúrbios na esfera emocional?
(Dados estatísticos sobre Depressão)
Já não luta pela sobrevivência. Já não se preocupa com as conquistas no mundo. Resta-lhe descobrir-se a si próprio. Poderá redescobrir-se na orientação espiritual, no trabalho, ou em qualquer outro tipo de actividade. Mas se não partir em busca de si, resta-lhe conformar-se com o molde.
O filme "Numb" (2007) retrata em Hudson um fenómeno psicológico, o Síndrome de Despersonalização, e descreve toda a distância da sua consciência com que lida com a compreensão da realidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.