sábado, 15 de dezembro de 2012

A persistência da memória


   O que é para nós, seres humanos, a memória de uma imagem? E o que diferencia tanto nas imagens ao ponto de as guardarmos na memória, algumas por minutos e outras para toda a vida? Era isto que pretendia retratar o quadro "A persistência da memória", de Salvador Dali. Ao pintar o quadro, Dali utilizou vários relógios pendurados e flácidos, como que a escorrer, demonstrando a preocupação humana com o tempo e a memória. Todos nós temos estas preocupações e quer queiramos ou não, ambas estão sempre presentes na nossa vida quotidiana. Passamos a vida a correr contra o tempo na sociedade actual, como se tivéssemos todos os minutos contados, sendo impossível perder um deles correndo o risco de ficar mais alguma coisa por fazer nas nossas vidas. 

   No que diz respeito à memória a questão é mais complexa. Ainda existem muitas questões sobre o porquê de guardarmos imagens para a vida toda e outras que após dias já não nos lembrávamos de ter visto. O que faz com que uma imagem nos acompanhe mais ou menos tempo? É verdade que quando gostamos de algo temos tendência a não esquecer tão facilmente a imagem e mesmo após algum tempo a conseguimos produzir mentalmente como se ela estivesse mesmo em frente aos nossos olhos. Mas quais os elementos presentes numa imagem que fazem com que tal fenómeno seja possível? Poderá o mais pequeno pormenor ficar gravado no subconsciente de tal maneira que nos lembramos de uma certa imagem sem sabermos o porquê? Poderá uma imagem ser equiparada a uma daquelas experiências que não esquecemos até ao fim dos nossos dias? Vale a pena pensar nisso...




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