segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Mal dentro de nós

A Mal dentro de nós
“Enquanto os homens
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais
Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo...”
                                            Caetano Veloso, Podres Poderes, Album Velô, 1984, Gravadora Polygram

O condicionamento piscológico a que estamos sujeitos desde o nascimento leva-nos a crer que somos independentes, senhores de nós próprios. Quando na verdade, somos  pré-progamados a aceitar as regras que nos são impostas desde o nascimento. E, estamos tão inseridos nesta malha social, que padrões de comportamento que diferem do nosso são imediatamente condenados, lembrando o infrator de como ele deve ser e existir, através do isolamento, das gozações, e mesmo dos castigos,e afirmando que ele aqui não se encaixa.
Vemos o que se passou durante a tomada de Hitler ao poder da Alemanha, e dizemos que nunca coexistiríamos numa sociedade como aquela, nunca chegaríamos àquele ponto. Mas, não podemos ter a certeza. Oque se sabe é que não existe um limite definido entre o bem e o mal. Pessoas normais podem ser seduzidas a praticar o mal, assim como infratores da lei podem ser regenerados.
Estudos com eletrochoques envolvendo punição e recompensa,  realizados pelo psicólogo Stanley Milgram,  demostraram que dois terços dos voluntários foram levados a executar a voltagem máxima, intruídos por uma autoridade responsável, acreditando estar agindo para um bem maior, embora a outra pessoa(um ator)gritasse e suplicasse para sair. Do mesmo modo o chamado "Efeito Lúcifer" descrito pelo professor Philip Zimbardo da Universidade de Stanford que conduziu a resultados similares, onde a reação humana em cativeiro pode tomar contornos de abusos e outras vilanias
Assim sendo, o exercío do poder, delimitado por uma ordem superior mais o anonimato podem levar a degradação moral e a aceitação do errado,  numa sociedade totalitária que poderia ocorrer em qualquer ponto do globo sob dirigência de um ditador.  Juntando a isto uma vida miserável, sempre há quem se aproveite de situações extremas para ser ouvido pelo povo, e este escuta, porque quer sair da fome e da pobreza.
Em contrapartida há os heróis, que surgem dos meios mais destituídos para servir de modelo àqueles que não conhecem outra realidade que não seja a do sofrimento. Buscam parcerias, unem a comunidade para o bem comum e vivem de forma tão altruísta que o menos importante são eles próprios.
Em meio da nossa vida tão comum, onde não falta o necessário, não nos apercebemos de quão próximos somos daqueles roubam, matam, falsificam e trapaceiam. Como seríamos se tivéssemos crescido em bairros com gangs, tráfico e pobreza. Seríamos assim tão bons meninos?Ou então, se levados a crer que o mal que fazemos reverterá em bem para a sociedade. Não nos enganemos, o mal leva sempre ao mal.
Links úteis
http://blog.brasilacademico.com/2012/03/philip-zimbardo-como-pessoas-comuns-se.html
http://www.youtube.com/embed/VT3wKbBNo64"

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