Ao
nascermos somos inseridos numa sociedade formatada, onde nada deverá ser
questionado. Para melhor compreendermos este fenómeno de mimificação em relação
ao outro temos de compreender o conceito de ideologia. Marx define ideologia
como a visão distorcida que cada um tem
do mundo, porque o Homem observa consoante toda a sua experiência de vida sociocultural, o que é incorrecto “Não é a consciência que determina a vida,
mas sim a vida que determina a consciência” (Marx, Karl e Engels, Friedrich, A
Ideologia Alemã: pag.26)
Esta padronização da
consciência do Homem, leva-o a elaborar conotações fixas. Por exemplo: não me apetece fazer esta publicação no blog porque tenho preguiça. PREGUIÇA! Mas
que raio de desculpa! Nesta sociedade a preguiça é apenas um entrave ao
progresso! A ideologia não permite ao Homem interrogar os conceitos base e faz
com que, muitas vezes, o que realmente é a sua intuição primordial seja negada.
Se alguém sobrepõe a vontade ao dever, a sociedade tem o papel de o excluir da
razão. Isto leva o Homem a fazer os julgamentos mais definitivos e
interrogáveis sobre o que deve ser a sua passagem pelo Mundo. Mesmo que se
desvie desta estrada, já tão demarcada, que percorre e sinta um pouco de
satisfação, o sentimento de estar a fazer algo errado, irá sobrepor-se…
Todos nós somos ideologia.
É importante percebermos que a ideologia pode ser uma barreira, impedindo-nos de pensar coisas fantásticas. Contudo, todavia, porém, e, nem, não, só, mas, também,
se a ideologia dominante não me tivesse transmitido o conceito de obrigatoriedade e obediência eu não estaria a fazer esta publicação e teria ficado a
dormir a manhã toda.
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