quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Homem Incondicionado






“‘O homem incondicionado’, é, em primeiro lugar, o homem que é sob todas as condições mais desfavoráveis e miseráveis – o homem que não nega a sua humanidade em quaisquer condições, mas, pelo contrário, ‘está com ela’ incondicionalmente.”

 - Viktor Frankl








Nascido em Viena em 1905, de origem judia, Viktor Frankl foi professor de neuro-psiquiatria, humanista e filósofo existencialista, e o fundador da chamada terceira corrente de psicoterapia de Viena (os fundadores das outras duas correntes foram Freud e Adler), denominada de 'logoterapia', viveu como prisioneiro número 119 104 o sofrimento indescritível dos campos de concentração, onde perdeu a mulher, o pai e a mãe. 

A experiência aí vivida permitiu-lhe perceber que quem tem algo por que viver suporta melhor o sofrimento do que quem se sente existencialmente vazio. A partir deste conhecimento, Viktor Frankl desenvolveu junto dos companheiros de cativeiro, uma intensa actividade no sentido de os ajudar a encontrar situações e oportunidades que lhes permitissem dar um sentido à sua vida. Agindo desta maneira, conseguiu despertar força interior e confiança, o que permitiu a muitos deles resistir ao sofrimento e sobreviver. 

Depois da Guerra e até ao final da sua vida em 1997, Viktor Frankl não deixou de, a partir da sua concepção optimista de homem, fundada na sua crença da capacidade de o homem, apesar de todos os seus condicionalismos, poder tomar posição, libertando-se deles através da sua dimensão mental/espiritual, prosseguir o caminho de ajudar os outros a encarar a vida de uma forma positiva.

Ao afirmar que a vida humana tem sentido Viktor Frankl estabelece o fundamento da Logoterapia. É ao partir deste postulado que o autor incita todos os seres humanos a encontrarem um sentido para a sua vida. É significativa a sua experiência num campo de concentração, pois demonstra como a dignidade do ser humano pode ser mantida no meio dos maiores sofrimentos e misérias a que pode ser exposto.

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