sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Tudo o que é natural é honesto, simples, é uma consequência natural e lógica.  Seja pela evolução natural ou sobrevivência, é regido de uma maneira contraditória a juízos de valor, limita-se a ser, existe numa harmonia natural e honesta; Contraditoriamente a tudo o que é social e humano, tudo o que é racional e codificado passa por juízos de valor, passa por calcular o melhor caminho e escolher, queremos definir uma lógica, um sentido da vida, não apenas sobreviver mas sim aproveitar, fazer algo produtivo. O “correto” está em constante mudança, evoluímos a partir da comparação. Reformulação de problemas, conceitos e pensamentos em geral. Algo nos serve de matéria para a construção de novas conclusões e soluções, o certo depende do contexto, do tempo, do espaço, da cultura, do problema, das pessoas...     A mentalidade também muda, a par com a sociedade. Todo o conforto e facilidade que vem da secção e organização, da poupança de recursos, até ao ponto em que pensamos estar mais perto do nosso ideal, e então este pensamento contemporâneo mostra-se corrosivo, é um esforço inútil, uma questão infindável da qual não se estrai nenhuma solução não tendo já qualquer familiaridade com o drama da sobrevivência ou com a simplicidade da natureza mas sim com a complexidade social, construímos propósitos sobre os nossos próprios conceitos de bem e mal, e questionamos até o próprio ser. A par do pensamento em si, temos as outras temáticas sociais o marketing, por exemplo, que nos tentam vender esta ideia do que é nobre e virtuoso criando mais ideais e expectativas de algo valioso e épico. Segue-se o dia-a-dia, a rotina, a repetição, a organização, os postos de trabalho, as burocracias que fazem parte do dia-a-dia de qualquer cidadão, acompanhadas da sensação de que estamos a perder algo, a nossa individualidade, uma espécie de revolta, conta o sistema, contra esta predefinição, a dor de pensar.

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