segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Influências da Televisão


“Imaginemos um típico casal que apenas possui uma única televisão em casa, a qual encontra-se na sala de estar. Alguém abre a porta, trata-se do “homem da família” que entra em casa e, assim que entra, mal dá dois passos, vai logo directamente para a sala de estar, ligar a sua televisão para assistir ao jogo de futebol, enquanto isto, a sua esposa encontra-se na cozinha a confeccionar o jantar. Entretanto, o jogo termina e começa a novela da tarde. Mal a mulher houve o som do genérico da sua novela, vai a correr em direcção à sala de estar para ver o seu programa, ora, o marido, está tão confortável no seu cadeirão, que vê-se obrigado a visionar a novela da sua esposa e, enquanto isto, o jantar fica por fazer. Após a novela, inicia-se o jornal nacional e, de seguida, outra novela. Ora, passam horas e ambos permanecem “colados” ao ecrã da televisão, o jantar fica por fazer, acabam por comer algo menos saudável, em frente ao ecrã da televisão.”

Embora este texto demonstre, com um certo exagero, a submissão dos indivíduos em relação à televisão, não deixa de analisar também a realidade dessa mesma submissão, ora, cada vez mais é uma veracidade o facto das pessoas se tornarem “escravas” da televisão. É certo que esta situação pode trazer graves consequências, como é o caso da falta de diálogo entre as famílias, visto que as pessoas deixam de querer saber da presença dos outros para, exclusivamente, visualizar o seu programa de televisão.

O facto de, nos dias que correm, as pessoas estarem constantemente a queixarem-se do “stress”, leva-me a pensar que a televisão terá algo a ver com este facto. Ora, quando penso em “stress”, penso em “rotina”, “monotonia”, “saturação”, entre outros. É certo que, para combater o “stress” a população deveria sair de casa e fazer algo relaxante, como, dar um passeio pela rua, ter um hobbie que a libertasse da rotina do dia-a-dia. Mas a mesma acaba sempre por ficar em casa, num espaço mais confortável, sem fazer qualquer esforço físico, fazendo algo tão rotineiro como assistir a um programa televisivo que se repete, dia após dia, e não nos liberta em nada da saturação sentida na nossa vida.

Outra grave consequência da existência da televisão é o crescente abismo que se cria entre as pessoas de uma família, tudo isto, uma vez mais, causado pela dependência das pessoas em relação à televisão.


Em suma, penso que a televisão, para além das suas múltiplas funções dentre as quais se distinguem as culturais e as recreativas, deve possuir um carácter  essencialmente informativo, ora, nem sempre este é bem conseguido, pois, nem sempre é conseguida toda a verdade, a qual todos nós temos direito. Logo, eu concluo que a televisão está a tornar-se num objecto de entretenimento, tendo em conta que os programas lúdicos são os que têm mais audiências, e, cada vez menos, um meio de informação que a população tanto necessita.

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