Na sociedade actual, fruto da industrialização e da
globalização, o homem tornou-se cada vez mais alienado do trabalho que produz.
O mais importante para o homem passou a ser produzir a mercadoria ao mais baixo preço, com
qualidade e em maior quantidade, levando cada vez mais as grandes empresas a produzirem
onde a mão-de-obra é mais barata, o que, com a globalização, tem levado à
deslocalização das empresas para os países onde mais beneficiam, nomeadamente para a China, entre outros, não implicando a maioria das vezes o aumento de
riqueza dos trabalhadores que produzem a mercadoria, muito pelo contrário,
estes têm um baixo nível de vida e salários miseráveis.
O trabalho alienado produz para satisfazer as
necessidades do mercado e não do trabalhador.
O trabalho humano cada vez mais é feito por máquinas, com
elevada produtividade, aumentando o desemprego o que faz com que os que ainda
têm emprego aceitem baixos salários para não serem substituídos. Assim, o
trabalhador quanto maior número de bens produz, torna-se ele próprio cada vez
mais em mercadoria mais barata, tal como referiu Karl Marx.
Com a industrialização, o trabalho passou a ser cada vez
mais especializado, subdividido em múltiplas operações, levando à criação de
grandes linhas de montagem com o objectivo de economizar tempo e aumentar a
produtividade. A título de exemplo verifica-se na indústria automóvel, onde os
trabalhadores efectuam um trabalho rotineiro com o auxílio de máquinas
altamente especializadas. Há uma grande fragmentação do trabalho que conduz a
uma fragmentação do saber, onde o trabalhador perde a noção do processo
produtivo, levando-o à sua alienação.
Associadas a esta mesma alienação posso criar um certo
paralelismo com duas obras que tratam este mesmo tema de forma diferente. Uma
delas é o filme “Tempos Modernos” protagonizado
por Charles Chaplin , é uma crítica ao trabalho das fábricas
onde o trabalhador passava numerosas horas seguidas a fazer movimentos repetitivos sem parar, tornando-se numa loucura.
onde o trabalhador passava numerosas horas seguidas a fazer movimentos repetitivos sem parar, tornando-se numa loucura.
Estes dois exemplos criticam a revolução industrial e o sistema
capitalista, e toda a alienação provocada por ela nos homens. Mostram que esta veio trazer uma grande
inversão de valores assim como de qualidade de vida. Revelam também que a revolução industrial trouxe muitos problemas como o aumento da
violência e analfabetismo assim como problemas ambientais e sociais que têm
provocado muitas alterações no clima, surgindo com elas o aparecimento de novas
doenças, e uma crescente destruição de toda a fauna e flora do mundo.
O ser humano, atingido pelo processo de alienação, perde
contacto com o seu eu genuíno, com a natureza e com a sua individualidade. O
indivíduo não se identifica com o que ele é, sabe ou faz. Para ele não conta a
sua realização íntima e pessoal, mas apenas o sucesso em vender socialmente as
suas qualidades.
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