http://vimeo.com/43453442
Esta curta-metragem impõe-nos questões, mais do que sobre clonagem, sobre natureza humana.
Movido pela vingança, procurando fama e sucesso, sensação de poder ao conseguir criar vida, o protagonista cria um clone seu, o que será como se clonasse o seu irmão morto , trazendo-o à vida. Mas depois de criado o clone, reconhece-o como o assassino, e ao matá-lo apercebe-se que ele mesmo é o assassino.
O sujeito humano, ao observar-se exteriormente, não consegue reconhecer-se, não consegue perceber a sua própria monstruosidade, pois ele está dentro da ideologia. Ele quer ser "Deus", ter o poder de dar e tirar a vida, controlar tudo, manipular tudo.
O personagem em questão está tão profundamente alienado em relação à realidade pela obsessão com a sua obra que o leva à sua própria destruição.
Pode ser feita a analogia desta história com a história do ser humano. Na procura de fama e fortuna, ou de interesses pessoais, não pensamos nas consequências dos nossos actos e insistimos sempre nos mesmos erros, sendo incapazes de os compreender e os corrigir. Num ciclo vicioso, somos os nossos próprios assassinos.
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