terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Asterisco



O Asterisco

Todos sabemos quem é.
Infeliz caracter, cúmplice de uma retórica desonesta, manchada.
A publicidade, ferramenta utilizada por dada instituição/pessoa para promover/vender qualquer produto ou serviço, tem como principal instrumento a retórica, pois além do observador ficar a conhecer o produto, é necessário ser convencido a adquiri-lo. Dado o desinteresse da maioria dos produtos comercializados hoje em dia, tudo isto pressupõe uma certa hipnose, ou seja, o observador não necessita do produto publicitado, mas se for bem “convencido” pode ser que a “coisa de dê”.
Muitos começaram a estudar o poder das imagens, sons, palavras, e suas absorções por parte dos observadores, com o fim de decifrar certos códigos do tão complexo cérebro humano, tornando assim possível pôr em prática a hipnose numa forma menos consciente, menos deliberada.
Se nos ficarmos pela simples retórica, sem qualquer contradição ou mentira, sem qualquer Asterisco, ficamos parcialmente bem.
 Infelizmente vemos cada vez mais, quase sempre, aquela estrelinha irritante no cantinho da frase ou da imagem publicitada, em tamanho reduzido, de difícil alcance, a comprometer-nos a olhar para o lado obscuro da imagem, para uma frase que na maioria das vezes não se vê… Sim, além de estar sempre num tamanho reduzido, praticamente nulo em proporção ao tamanho total da imagem, muitas das vezes nem a vemos mesmo, devido à sua “excelente” posição junto às margens, que tendem a ficar em sombra ou mesmo tapadas pela moldura.
 É uma estrelinha que, embora pequenina, muda todo o carácter da publicidade, dado que já não se trata apenas de “jogos” de imagens e sensações, mas também de mentiras e consequentes traições, todas com um pequeno grande avogado, a pequena frase no cantinho da imagem.

A VIDA É UM MAR DE ROSAS*
*Quando está drogado ou quando é criança

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