terça-feira, 4 de dezembro de 2012

 Imitação


Desde tenra idade que os homens se confrontam com a necessidade de imitar, de fazer à semelhança do outro. Aliás, como a generalidade dos animais o faz. Imitar o progenitor, imitar o grupo, actuar consoante o próximo, como salvaguarda da sobrevivência. É natural.
No entanto a natureza humana encontra-se coagida por uma série de convenções sociais, resultantes do pensamento, do comércio intelectual dos homens. A imitação torna-se, assim, perpetuadora de uma ideologia que distancia o homem da sua verdadeira natureza.
Nos dias de hoje a evidência de tal arremedar é notória. Com a difusão de ideias facilitada pela tecnologia, com a exposição à publicidade a que nos sujeitamos, geralmente de forma involuntária, somos colocados sob uma enorme pressão e, inconscientemente, imitamo-nos ferozmente, agimos quase que de forma pré-definida, vemo-nos obrigados a aceitar o "senso comum", a ideologia e fazemos desta artificialidade a nossa natureza.

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